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domingo, 13 de março de 2011

PROCESSADOR INTEL CORE I3 530 “CLARKDALE”

Se computadores fossem carros, o Intel Core i5 “Clarkdale” seria algo como um motor 1.8 com turbo para veículos de linha. Mas como nem todos estão dispostos e/ou tem condições de pagar a mais ter um carro com turbo, os fabricantes costumam oferecer opções mais simples (e sem turbo) como os motores 1.6 que podem até não inflar o ego do consumidor, mas também não fazem feio na hora de ultrapassar um caminhão na estrada ou subir um morro mais inclinado. Baseado nessa analogia, eu diria que o novo processador Intel Core i3 seria o novo motor 1.6 da empresa, posicionando-se como uma opção mais em conta para aqueles que procuram num PC bom e honesto e que querem fugir de modelos mais “populares” com chips Celeron ou mesmo Pentium.

Ao contrário dos rumores que insinuavam que o Core i3 poderia ser um Core 2 Duo renomeado, o Core i3 tem praticamente as mesmas características do Core i5 série 6xx, abrindo mão de um pouco da velocidade e obviamente do Turbo Boost — uma tecnologia que acelera um ou mais núcleos do processador de maneira dinâmica e de acordo com o contexto — e, por causa disso, ele chega a ser de 43 a 63 dólares mais em conta que o Core i5 mais barato (preço de lançamento nos EUA para lote de mil peças).

Como o processo/custo de fabricação do Core i5 é praticamente o mesmo que o Core i3, não me surpreenderia em saber que este último não passe de um i5 com turbo desabilitado por software e que algum dia algum entusiasta/hacker/maluco não descubra um meio de reativá-lo, como já fizeram para destravar o quato núcleo do Phenom x3.

O chip analisado por este Zumo é o Core i3 530 de 2,93 GHz o modelo mais em conta da linha e que — por causa disso — talvez seja o que mais apareça nas lojas.

E atendendo a pedidos, a tradicionalíssima foto do processador que todo mundo põe quando faz um review:

Para testá-lo chip utilizamos a mesma plataforma que usamos para testar o Core i5 661, ou seja, uma placa-mãe ATX-mini modelo DH55TC “Tom Cove” com chipset H55, 4 GB de SDRAM DDR 1333 MHz em dual channel e um disco rígido Hitachi Deskstar HDT721032SLA360 SATA 300 de 320 GB e 7.200 rpm. O sistema operacional utilizado foi o Windows 7 Ultimate.

Dando uma olhada no CPU-Z 1.52.2 podemos ver que o Core i3 é de fato muito parecido com o Core i5 661, ficando a diferença na velocidade do núcleo do QPI Link:

O GPU-Z 0.3.8 diz a mesma coisa: praticamente a mesma GPU do Core i5 o Havendale de 45 nm.

Apesar disso, é curioso notar que o desempenho gráfico — em especial para jogos — foi o item que definiu o Índice de Experiência do Windows 7 em 4,3 pontos, contra 5,2 pontos do Core i5. Vale a pena lembrar que o Core i3 530 é um chip de 2,96 GHz contra 3,33 GHz (~ 3,6 GHz no modo turbo) do Core i5 661.

A diferença no processamento fica mais evidente nos testes de aplicações. No caso do HDxPRT o Create HD Score que foca seus testes em programas de processamento de mídia apresentou um desempenho 13,2 % menor que o Core i5 661. Apesar disso,o Play HD experience apresentou a pontuação máxima o que fica dentro da proposta dos novos chips Clarkdale de oferecer um bom suporte para vídeo em alta definição:

Nos outros testes, o Clarkdale bateu 176 pontos no Sysmark 2007 Preview 1.05, 5.629 pontos no PCMark Vantage e 4.643 pontos no 3DMark Vantage (modo Entry) e 390 pontos no modo Performance. No AutoGK 2.45, o sistema levou apenas 59m38s para transformar um filme em DVD para um arquivo AVI de 700 MB. O processo oposto (criar uma imagem de DVD a partir de um arquivo de vídeo) feito com o DVDFlick 1.3.0.6 foi de 2h51m10s utilizando um thread e 2h31m39 com quatro Threads. No geral o Core i3 530 foi de 11~23% mais lento que o Core i5 661.

No CINEBENCH R10 e os resultados foram os seguintes:

Rendering (Single CPU): 3.200 CB-CPU
Rendering (Multiple CPU): 7.591 CB-CPU
Multiprocessor Speedup: 2,37
Shading (OpenGL Standard): 2.175 CB-GFX

O Super-Pi do David Lopes:

E segundo o EEcoMark 1.0.0 384 (sem considerar o uso do monitor) o sistema consumiu em média 34,47 watts em idle, 2,37 watts no modo sleep e 1,54 watts em off segundo o Energy Star V4. No V5 o sistema mediu 34,25 watts em idle, 2,39 watts em sleep e 1,56 watts em off. Seu consumo fou um pouquinho menor devido ao uso de um processador mais lento mas de qualquer modo continua sendo um valor impressionante para um desktop.

Para se ter um cenário de uso mais real, eu peguei meu medidor de energia e monitorei o sistema rodando o PCMark 2005. Na média ela consumiu em média de 49,1 watts com picos de 76,6 watts.

Assim como o Core i5 661, minha impressão do core i3 540 é bastante positiva já que — no geral — ele oferece praticamente todos os recursos do Core i5 abrindo mão de um pouco de seu desempenho. Acredito que seu público alvo — consumidores que vão comprar (ou trocar) seu primeiro PC — ficarão satisfeitos com o Core i3 já que ele atende bem as necessidades do dia a dia como editar documentos e acessar a Internet e até mesmo assistir vídeos em HD, uma aplicação cuja demanda cresce à medida que os consumidores migram para as TVs de tela plana com tecnologia de Plasma/LCD. Os entusiastas e gamers podem até torcer o nariz para o Intel GMA HD, mas eles sempre terão a opção de usar sua placa de vídeo favorita, desde que a placa-mãe venha equipada com um slot PCI-E x16. E tudo isso consumindo bem menos energia que um PC de uma ou mais gerações anteriores.

Se você procura um PC bom e honesto, acredito que o Core i3 seja uma opção a ser considerada. Só espero que os integradores locais também colaborem, oferecendo o Core i3 por um preço camarada e que, como nos carros não infle seu preço maquiando o mesmo com um adesivo transado, calota com cara de roda de liga ou mesmo colocando uma bolinha de câmbio com siri dentro.

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